O Que é RPG?
Você com toda certeza já ouviu alguém falar sobre “RPG”, ou então tem um vizinho que uma vez por mês junta uns amigos que hora ou outra grita coisa sem sentido como “20 Natural”. É confuso sim, e eu não te julgo se você nunca entendeu mas relaxa que eu te explico exatamente o que significa.
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RPG: A Teoria
RPG é uma sigla, que significa “Role-Playing Game” se fôssemos levar ao pé da letra, seria traduzido para algo como “Jogo de Interpretação de Papéis”, mas acho que o termo mais familiar que consigo pensar é “Faz de Conta”.
No RPG, você interpreta um personagem, como um ator num filme — mas com liberdade total para decidir suas ações. Você dita exatamente quem você quer ser, escolhe seu nome, personalidade, história, habilidades, objetivos e assim vai, o limite é literalmente sua imaginação. Daí para frente, você sai em busca de viver aventuras com seu personagem.

Até aí, interpretamos o significado do “RP”, falta o G, que é a parte do Jogo. O Jogo está presente quando temos as regras, e com elas, normalmente são acompanhados alguns itens que fazem com que elas sejam seguidas. E o mais comum deles é o dado. Sim, o dado! Lembra daqueles jogos de tabuleiro que vinha com um dado com números de 1 à 6? Então, esse é só um tipo deles.
Mas nem todo RPG usa exatamente as mesmas regras, normalmente ele segue um sistema, que dita quais regras e itens serão necessários para você jogar. A maior parte deles precisa só de uma ficha, que é onde você vai anotar as informações do seu personagem, e os já citados dados, que podem variar o número máximo entre 2 à 100.
E quem pode jogar RPG? Bom, na verdade qualquer pessoa pode jogar. Eu falo sério! Qualquer um mesmo. Não existem limitações. Seja sozinho ou numa mesa enorme com 20 pessoas (o que eu não recomendo muito, afinal quem tem tantos amigos assim?) ao juntar o grupo vocês podem distribuir as funções e começar a jogar. E que funções seriam essas? Bem, dependendo do sistema, normalmente são só duas: Jogador e Mestre.

Vamos começar sobre o jogador. A Função dele é jogar (Dã?) Mas Falando sério. O Jogador pode ser eu, você, seu amigo, todos começam por aqui. E existem algumas coisas que jogadores fazem que é tomar decisões, boas ou ruins (a maior parte ruim); falar como o personagem falaria (por que passar vergonha nunca é demais); lutam, investigam, negociam; exploram o mundo criado pelo Mestre e cooperam entre si (na maior parte do tempo!)
Temos os jogadores, agora precisamos do mestre, e acredite, essa função não é pra qualquer um! Resumidamente podemos ver o mestre como o responsável por: Apresentar o mundo, criar desafios, interpretar outros personagens, descrever cenários, controlar monstros e consequências. Pense nele como o diretor de um filme, enquanto os jogadores são os protagonistas. Mas diferente de um filme, aqui a história depende das decisões do grupo.
Tudo até então parece muito complicado? Se parece, eu não julgo, a prática é bem mais interessante que na teoria. Então vamos para um exemplo prático. Imagine a cena:
“Você e seu companheiro estão presos em uma sala, nela há uma porta trancada com runas brilhando em azul. O ar está frio. Algo se move lá dentro.”
Essa é uma descrição que um Mestre lhe dá, e partindo daí você decide o que seu personagem faz. Eis algumas sugestões do que pode ser feito:
- Examinar as runas (As vezes você entende sobre, as vezes você não sabe nadica de nada.)
- Tentar abrir a porta (Mesmo que esteja trancada, não é lá muito inteligente, mas eu como mestre não iria te impedir)
- Usar magia (Por favor não ponha fogo em nada.)
- Arrombar (Eu não sei o que a porta te fez, mas vá em frente)
- Tentar destrancar com um grampo de cabelo (Por que seria muito irado se fosse possível)
- Falar Palavras Mágicas (Abre-te… Espera, que?)
- Mandar seu companheiro resolver (Mesmo que ele seja um completo imbecil)

Toda ação é válida. Acontece que nem sempre as coisas saem como o planejado, e quem decide isso? Os dados! Dependendo da sua ação, o Mestre pode pedir que você role um dado, e esse dado vai definir o resultado da situação. Se for:
- Alto → você é bem-sucedido (As vezes de forma épica!)
- Médio → sucesso parcial
- Baixo → Falha (às vezes de forma miseravelmente estúpida!)
E a história segue para o próximo momento. E isso por que é só o primeiro exemplo citado. Mas tudo pode variar com base na história que os jogadores e o mestre querem contar. Podem ser sobre fantasias medievais com magia, um futuro cibernético, suspense criminal, vampiros e lobisomens, tudo depende da criatividade de alguém.
No fim das contas, RPG é: Se desprender um pouco da realidade e reviver um pouco daquelas memórias de criança no mundo da imaginação, se divertir com amigos e dar umas boas risadas e viver grandes histórias.
É um espaço seguro para ser quem você quiser, explorar mundos impossíveis e criar momentos que ficam na memória por anos. Se você sempre teve curiosidade, talvez agora seja o momento perfeito para começar. Se esse post ao menos incitou um pouco da sua curiosidade, quem sabe não vale a pena dar uma chance, nem que seja uma única vez?
E se já joga… a regra é clara: Uma boa aventura espera por você logo ali na próxima rolagem de dados.
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